Fique até o final, você vai perceber a importância da moeda.
Se jogarmos uma moeda para cima, um lado cairá voltado ao chão e outro para cima. Como sabemos qual lado da moeda caiu para baixo? Basta olharmos para o lado que caiu para cima e identificarmos se o que está no chão é a cara ou a coroa. Certo? O que isso tem de relação com o tema? Calma, você já vai perceber.
Independente do valor da moeda, independente da nacionalidade da moeda… ela sempre terá um lado que chamamos de cara e outro de coroa.
Quando pegamos a moeda aleatoriamente, ao olharmos vemos um dos lados. Mesmo reconhecendo o lado, imediatamente compreendemos que o objeto é uma moeda. Sendo cara, ou sendo coroa… ainda assim, é uma moeda.
Isso, de tão simples chega a ser irritante, a tal ponto que preciso agradecer por você resistir até aqui a essa conversa de cara, coroa e moeda.
E qual a relação disso com o positivo?
Já ouvimos muitas pessoas discutirem sobre a importância de focar no ponto positivo. Afinal, se mantivermos nossa atenção no problema, buscamos justificativas para a ocorrência do que deu errado. Por outro lado, ao nos mantermos alerta quanto à solução, estaremos conectados com o positivo da situação e, com isso, encontraremos resoluções mais fluidas. Eu já escrevi diversas vezes isso por acreditar que, se tivermos que fazer uma escolha, o excesso de positivo é menos prejudicial que o de negativo.
Se você consegue focar no positivo, acredite que está muito à frente de grande parte das pessoas. Porém, ainda tem uma visão um pouco próxima demais do ponto de observação. Isso pode gerar angústia e até decepção, pois, por mais esforçados que consigamos ser, o imponderável nos mostrará que temos limites.
Tentei por muito tempo manter minha atenção no positivo, até que, cedo ou tarde, surgiu algo que não me permitiu manter o foco no positivo. Existem situações em que, mesmo enxergando o positivo, o momento de dor não nos permite mantê-lo no centro da situação. Adivinhe qual o resultado? Neste momento nos questionamos se realmente conseguimos nos relacionar com o positivo independente da situação. Neste momento nos sentimos tolos e vulneráveis.
Se focar no positivo talvez não seja a saída, então o que é?
Imagine que, independente de positivo ou negativo, todas as nossas percepções são respostas às ações que realizamos. Sem a carga do que isso significa, sem o peso de estar de um lado ou de outro, entendemos que essas respostas são fatos e experiências de retorno.
Ao considerar que toda reação é apenas um feedback de ações que fizemos, minimizamos a carga e emoção contidas. Então, temos a percepção de que as coisas são como são, sem julgamento de bom ou ruim, certo ou errado, e até mesmo positivo ou negativo. Talvez você tenha a sensação de que se seguir essa sugestão se tornará apático aos acontecimentos. Mas isso não ocorrerá por uma simples atitude de complemento.
Assim que conseguirmos eliminar as cargas que carregamos em preconceitos e julgamentos de ações e reação, devemos seguir ao segundo passo. A nossa pergunta neste momento é: uma vez que recebi esta informação de feedback, o que posso fazer e como posso respondê-la?
Sim, ao deixarmos as cargas das reações que recebemos como fruto de nossas ações, começamos a responder, ao invés de, por impulso, apenas reagir. “Fernando!, e se a minha resposta for errada?”. Lembre-se, não existe certo ou errado. As coisas são como são, e, por isso, sempre haverá uma nova forma de responder diferente para se obter reações que não se repetem como ciclos.
E você, está reagindo ou respondendo às reações que recebe de suas ações?