EU OBRIGO VOCÊ A MENTIR

31 de Janeiro

Sinceramente não sei se isso ocorreu, ou se foi exatamente assim. Um certo dia o Gandhi foi convidado para palestrar na universidade da cidade. Para otimizar, ele convidou o filho para acompanhá-lo, assim enquanto ele fazia a palestra, o menino poderia fazer compras no mercado e realizar a manutenção do carro.

O filho vivia um conflito, pois gostava de filmes que estavam contra a filosofia de não violência do pai. Assim, deixou o pai na universidade, fez as compras rapidamente e deixou o carro para manutenção. Ao invés de esperar o reparo, ele foi assistir o filme que gostaria, mas não se sentia à vontade em confidenciar ao pai. Ao terminar a palestra, Gandhi vai até a portaria e não encontra o filho. Esperou por um longo tempo, até que o filho chegou.

Ao questionar o motivo do atraso, a resposta foi que a manutenção havia demorado. Neste momento, Gandhi se levanta e diz que voltaria para casa a pé.

O filho sem entender, pergunta por qual motivo. Gandhi responde: “Eu liguei ao mecânico e o carro estava pronto a bastante tempo. Eu vou caminhando para refletir que tipo de pai eu sou, que obrigo o meu filho a mentir”.

Essa passagem nos ensina diversos pontos, como por exemplo não julgar o próximo e assumir a responsabilidade do que aconteceu. Porém, eu quero levar essa reflexão para outro caminho. 

Diariamente, podemos nos comportar de tal maneira que desencorajamos as pessoas de compartilhar conosco. Por vezes até nos orgulhamos que ninguém nos critique. Eu quero te questionar o seguinte: “Você realmente sabe o quanto intimida as pessoas? Será que a sua paixão grita tão alto, que afasta as pessoas que deveria congregar?”

por Anders Noren

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